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História
Abrigo da Divina Providência (1942-1978)
A ação de solidariedade social desta Instituição remonta ao ano de 1942, em plena 2ª Guerra Mundial, resultado da dedicação e tenacidade da Irmã Ana de Jesus Faria de Amorim, Fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas da Divina Providência, natural de Soutelo, Vila Verde, Braga, Ex Religiosa do Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria.
Ana de Jesus Amorim, movida por uma dimensão espiritual e pelo chamamento de Deus para se dedicar aos mais pobres e frágeis, incluindo crianças abandonadas, em situação de total carência material e moral e idosos em situação de abandono. Mais tarde, deu-se o acolhimento e tratamento de pessoas portadoras de deficiência física e mental grave e profunda, irrecuperáveis, sem possibilidade de serem acolhidas noutras instituições congéneres, encontrando-se em situação de abandono, risco moral e social.
Quanto aos recursos financeiros, o Abrigo da Divina Providência enquadrava-se no que Boaventura de Sousa Santos caracteriza de “sociedade providência”. Não havia subsídios estatais, nem qualquer tipo de pensões sociais, abonos ou comparticipações familiares, razão esta que levava a Instituição a lutar com muitas dificuldades.
Para concretizar os seus objetivos, a Instituição recorria à sensibilidade humana e à caridade cristã, deslocando-se por todo o país, e até mesmo pelo estrangeiro (Brasil, Estados Unidos da América), angariando bens alimentares e dinheiro. Este facto justifica que a Instituição tenha utentes de vários distritos, porque à medida que as Irmãs percorriam o país, davam a conhecer a Obra, seus objetivos e, através deste conhecimento, apareciam situações bastante problemáticas a solicitar o internamento.
Os recursos humanos resumiam-se a um grupo de pessoas (futuras religiosas) que voluntária e gratuitamente se dedicavam à concretização de um ideal.
Centro Social da Divina Providência (1983-atualidade)
O Centro Social da Divina Providência, em Fátima, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, criada em 1983 (por iniciativa da Fraternidade Franciscana da Divina Providência – Congregação Religiosa) que visa prosseguir os seus objetivos religiosos e de solidariedade social, de uma forma organizada, dirigida às utentes que já eram assistidas pela referida Congregação desde 1942 e a outras que viria a acolher mais tarde.
Um longo caminho foi percorrido e em 1983 estavam reunidas as condições que tornaram possível a celebração de um acordo de cooperação entre o Centro Regional de Segurança Social de Santarém (atual Instituto da Segurança Social Centro Distrital de Santarém), e o recém-criado Centro Social da Divina Providência, abrangendo 40 utentes.
Este acordo de cooperação atípico (é um acordo celebrado a título experimental), foi sendo progressivamente alargado: inicialmente apenas 40 utentes eram comparticipadas; em 1984 passou a 60 utentes; em 1988 passou a 65; e em Junho de 1995 passou a abranger 80 utentes, número que se mantém atualmente. No entanto, uma vez que o equipamento tinha capacidade para 87 utentes, existiam 7 utentes, cujos encargos eram exclusivamente suportados pelo Centro Social da Divina Providência e pela Congregação Religiosa das Irmãs Franciscanas da Divina Providência. Presentemente, o acordo foi alargado para 90 utentes, uma vez que a Instituição tem capacidade para tal. De salientar que 10 vagas estão destinadas a utentes procedentes da Segurança Social.
Como é de prever, a Instituição não poderia subsistir apenas com o apoio do Instituto de Segurança Social – Centro Distrital de Santarém. Para a prossecução dos seus objetivos, a Instituição tem recorrido ao apoio de Congregações Religiosas (de um modo particular à Fraternidade Franciscana da Divina Providência, que cede as Instalações e logradouros onde está instalado o Centro Social da Divina Providência – Casa do Bom Samaritano), através do voluntariado nos fins-de-semana e ao longo de todo o ano por parte das Irmãs, ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Benfeitores, Anónimos, entre outros. Tem aberto as suas portas, efetuando a divulgação da sua obra, através da distribuição de um Jornal intitulado «Casa Bom Samaritano», nas festas da Instituição, no acolhimento a Jovens de todo o país, para conhecerem esta realidade e as utentes sem qualquer preconceito e a pessoas de várias idades. Deste modo, muitas pessoas têm dado o seu contributo e têm colaborado com a Instituição, de várias formas: doando bens e géneros de vária ordem; e oferecendo o seu tempo na doação de carinho e amor às nossas utentes.